O América que se sentia confiante, embalado pela conquista do campeonato mineiro após jejum de quinze anos, iniciou falando em vôos altos, dizendo-se postulante até a uma vaga na copa "Sulamericana", enquanto alguns sonhadores mais audaciosos chegaram a citar vaga na Libertadores; porém no atual momento em que o América encontra-se afundado na última colocação e com sérias dificuldades para sair do único dígito na pontuação, o que podemos afirmar com margem de erro quase zero, é que o Coelho infelizmente será presença certa na série B 2017, pois para deixar o temido "Z4", daqui por diante o time do Horto precisaria de campanha digna de gigante e devido a uma série de fatores, dentre eles a fragilidade do elenco, é difícil acreditar na equipe "enfileirando vitórias" num torneio tão disputado, portanto, o principal objetivo, embora o próprio Coelho por motivos óbvios não admita, é descer da forma mais "digna" possível para em 2017, disputar a série B, buscando um retorno para 2018 com pensamento mais humilde e pés no chão.
Pelo lado celeste a coisa parece um pouco mais fácil pela qualidade do elenco, apesar de mais decepcionante, dada a grandeza do clube.
Enquanto muitos esperavam uma equipe competitiva, atualmente na penúltima colocação, o Cruzeiro em nada lembra os esquadrões que conquistaram recentemente dois campeonatos brasileiros; mas com base nessa grandeza e tradição, aliada à troca de comando técnico, o que podemos esperar é uma reação da equipe a nível de sair da zona de rebaixamento e buscar posição até de uma " Copa Sulamericana".
Muito tempo foi perdido com o português Paulo Bento, o que hoje nos impede de falar em ver o Cruzeiro em uma posição mais condizente com sua tradição, porém com Mano Menezes no comando, aliado a qualidade do elenco é provável que a raposa saia dessa desconfortável zona e arme uma base para um 2017 melhor que o ano corrente e é claro que isso será possível se a diretoria não repetir os inúmeros erros que cometeu em 2016, onde o que mais se destaca é a malfadada efetivação do inexperiente Deivid como técnico no início do ano, de lá para cá o que vimos foram entradas e saídas de técnicos efetivos ou interinos com o campeonato em andamento, como quem troca pneus de um carro em movimento.
No Galo as coisas não se iniciaram como o previsto.
Tido e havido como um dos favoritos à conquista de todos os campeonatos, o que se viu foi a perda do campeonato mineiro para o fraco, porém até então bem comandado América que na oportunidade ainda contava com a competência de Givanildo Oliveira, depois uma eliminação da copa Libertadores para um São Paulo que não tem nem de longe um elenco tão qualificado quanto ao do Atlético e um início inconstante de brasileirão; pronto; tudo dando errado e o torcedor começando a duvidar que apesar do esforço da diretoria que fez vultuosas contratações a coisa daria liga no alvinegro.
mas eis que em mais uma atitude acertada, demitiram o fraquíssimo técnico Diego Aguirre e contrataram Marcelo Oliveira que desacreditado no Palmeiras, veio credenciado, não só pelas recentes conquistas no arquirrival Cruzeiro, mas também pela inegável relação que tem com o clube não só como jogador e técnico, mas também como torcedor atleticano; o que se vê atualmente é um time competitivo, com elenco forte, talvez o melhor do Brasil e uma inevitável ascensão na tabela devido às seguidas vitórias que sob o novo comando o Galo vem conquistando.
Afirmo hoje, sem receio, que o Atlético é sério postulante ao lado de Palmeiras, Corínthians, Santos e Grêmio ao título de campeão brasileiro e apesar de pelo mau momento estar atrás na classificação, tem um elenco bem melhor qualificado que todos os citados.
Que o América e o Cruzeiro me surpreendam e que o Atlético continue sua caminhada ao tão sonhado título, mas o que fica é a sensação de que 2016 até aqui, poderia ter sido melhor.
Abraço a todos.
Por: Warley Xaneis.´.
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